sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Se as rosas falassem...

Em seus versos o saudoso poeta Angenor de Oliveira, afirmava "...as rosas não falam...", mas eu conjecturo se falassem, talvez nada pudessemos entender, pois seriam murmúrios de dor e aflição, o ser humano cada vez mais contribui para a destruição indiscriminada e sem justificativa do meio ambiente, eu queria que aparecessem mais meninos do dedo verde, inspirados pelo personagem homônímo de Maurice Druon. Talvez muitos "crimes " fossem evitados, como o assassinato (leia-se: arrancamento) de uma árvore apenas para satisfazer os caprichos estéticos de um morador da rua ou simplesmente para "melhorar a visão".


Nos últimos tempos, estamos vendo uma verdadeira chacina de árvores antigas na nossa cidade, se as finadas pudessem falar, quantas histórias não nos contariam, quantas coisas não presenciaram, desde garotos jogando bolas de gude e jovens casais se enamorando até velhinhos jogando dominó. Várias juras de amor devem ter sido proclamadas debaixo de suas copas, várias fofocas comentadas. Nos dias de sol forte sua sombra era o alívio de muitos que passavam e nos dias de chuva sempre aparecia algum inadvertido para debaixo dela se abrigar. As árvores também são patrimônios da cidade, elas fazem parte da história de muita gente, a cidade está se modernizando construindo novos espaços e tudo deveria ser pensado para que o patrimônio histórico e cultural fosse preservado, mas nem sempre assim acontece, vejam o exemplo da praça Tequinha Farias, onde o projeto manteve o antigo pé de algaroba que havia no espaço de sua construção.

Na era em que estamos o planeta já mostra sinais de que é necessário uma atitude em prol da preservação, senão a duração da raça humana estará com os dias contados e é mais fácil preservar, além de como diria o menino do dedo verde "mais bonito". O governo municipal deveria criar programas e leis de incetivo a preservação ambiental em todas as suas vertentes, agindo em consonância com a tendência mundial de preservação e não promover o desmatamento.


fim de papo

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