domingo, 24 de outubro de 2010

Rotina

A rotina é algo assustador e que deve ser evitado, dias todos iguais são um saco, mas o que é a vida senão uma infindável repetição? dia após dia, o planeta gira e tudo começa outra vez, talvez isso é que seja o milagre, pois todo dia - se tudo se repete - temos a oportunidade de mudar nossos erros. Claro que a vida não é tão infindável assim, e que algumas coisas não podem ser mudadas, assim como, algumas coisas nunca mudam, o 1º beijo é algo que não pode ser mudado, ou pode? pode ser o 1º beijo de hoje, o 1º beijo de amanhã... basta apenas olharmos as coisas por outros ângulos, repensarmos e tudo pode mudar de lugar, se isso não fosse verdade o que seria dos advogados? mas voltando pras coisas que nunca mudam, nós temos dificuldade de mudar, nos acostumamos e a mudança parece tão inalcansável quanto uma escala ao Everest, mas que é possível em apenas um instante, se usarmos nossa imaginação para isso...

O blog virou parte da minha rotina, como comer e dormir, todo dia sinto vontade de nele escrever, quase que como um diário e sinto falta quando por algum motivo não posso escrever. Temos dificuldade de mudar, mas quando mudamos nos acostumamos rapidamente, certa vez o saudoso Mons. Raimundo Gomes Barbosa em um de seus sermões - no tempo em que ainda ia a missa - disse: "as pessoas me procuram e dizem que não conseguem ler a Bíblia, pois é muito grossa e nunca conseguiriam lê-la completamente, nesses casos eu proponho um desafio a pessoa. Proponho que durante 30 dias ela leia apenas 5  minutos todo dia, 5 minutos é muito tempo? não, rapidamente passa. E eu garanto que no 31º dia ele sentirá vontade de ler novamente e então ele deverá aumentar o tempo... até que um dia ele lerá a Bíblia por horas a fio sem se cansar...". Dentre as muitas coisas que aprendi com Monsenhor esta é uma das que tenho mais viva na memória. Crie o hábito! Nunca desista!

Um comentário:

Anônimo disse...

O seu texto me lembrou a idéia de eterno retorno de Nietzsche ao mesmo tempo em que me lembrou Gregório de Mato e seus poemas falando da transitoriedade da vida, mas o que mais gostei foi de você ter lembrado Monsenhor Raimundo, sua sabedoria tranquila, sem ostentação, um sábio de quem aprendemos muitas lições para a vida. Um abraço, João!